Puseram ali uma tela em branco; magicamente gotinhas prateadas a fizeram refletir. Bem ali, sem pedir, ela oferece a arte do instante. Basta aparecer à frente e pronto, toda a técnica é consumada.
Pobre artista, pouco moveu os pincéis e logo obteve a tela finda, manifesta em tons ansiados pela vista. E se viu. Embora não esquecesse as musas que governa.
A pura intenção da alma, as agruras da existência, a fluidez das glórias, a persistência da fraqueza (em segundo plano) e a virtude particular da esperança.
Dissimulada, a tela prata intimida. — Mais um passo e arrebento! Confiante, a arte em forma de gente logo responde. — Pouco importa, ainda não varri onde quer cair. Dispensada, a tela pragueja. — Não faça planos para os próximos sete anos. crashh.
Em cacos ficou a tela, sem abalar a audiência, que repete o mantra assolador de cínicos reluzentes.
Matizo a mais valiosa forma no decorrer da vida, minhas musas não chegam ao seu alcance, hasta luego!
Confie na arte, não na tela.
Até logo!